Por uma necessária inclusão digital da memória municipal baiana

O ensaio trata da noção de inclusão digital, entendida como o acesso à informação através da utilização de

tecnologias digitais de informação e comunicação, e reconhecida como fator fundamental para garantir a

promoção do desenvolvimento econômico, político, científico-cultural e social de uma nação em sinergia com

os paradigmas da contemporaneidade. No contexto, observa-se que, historicamente, a prioridade no manejo dos acervos desloca-se da guarda dos documentos para o acesso dos usuários. Sendo assim, descreve-se algumas iniciativas relevantes, de âmbito internacional e nacional, que visam estimular e conceber a inserção

do patrimônio arquivístico na sociedade digital. Destaca-se, também, o caso brasileiro, onde se observa a ausência de instituições (públicas e privadas) arquivísticas nos debates empreendidos sobre o tema da informação e da tecnologia digital. Um bom exemplo pode ser constatado no quadro do Programa da Sociedade da Informação, onde os arquivos ocuparam um espaço pouco significativo. Por outro lado, identifica-se a existência de limitações advindas de uma sociedade marcada pela exclusão, inclusive, de informação, ao constatar que “[...] dos mais de cinco mil municípios brasileiros, menos de 300 (6%) contam com a infra-estrutura necessária para a instalação de serviços de acesso à Internet [...]” (JARDIM, 2005). No entanto, faz-se necessário responder aos desafios e tentar ampliar o uso social da informação arquivística. Por fim, desenvolve uma reflexão acerca da memória municipal baiana. E conclui propondo uma política de conscientização e de mobilização que ressalte a importância de se investir na inclusão digital dos arquivos, em especial nas sociedades municipais baianas que têm arquivos públicos institucionalizados e implementados pela Fundação Pedro Calmon – Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia da importância